Jorge Martín e a supremacia espanhola
Aos 27 anos, o espanhol conseguiu o seu primeiro título da história em 2024. O piloto que representava a Prima Pramac Racing, obteve um título que foi inédito para uma equipa independente na era moderna do Moto GP.
Curiosamente, Martin não conseguiu mais vitórias que o segundo classificado em Francesco Bagnaia, no entanto, a sua enorme consistência ao longo da temporada acabou por o recompensar com uma liderança final de 10 pontos.
Agora ao serviço da Aprilia Racing, Jorge Martin vem ocupar o lugar deixado por Aleix Espargaró, um dos pilotos mais emblemáticos e que se retirou da competição. Este será companheiro de equipa Marco Bezzecchi, o que marca uma nova era para esta equipa relativamente aos seus pilotos.
O atual campeão em título entrou assim para uma “linhagem de supremacia espanhola”, onde onze dos últimos quinze títulos foram obtidos por pilotos dessa nacionalidade, com especial incidência para nomes como Jorge Lorenzo, Marc Márquez e Joan Mir.
Experiência continua a ser um posto
Num desporto fisicamente tão intenso como o motorizado, a existência de pilotos com 30 anos ou mais acaba por ser um feito notável. Em 2025, existirão seis pilotos acima dessa “linha”, demonstrando que a experiência é muito importante.
Com 34 anos, o francês Johann Zarco é o piloto mais experiente, ao serviço da Team LCR, contudo, os maiores destaques neste segmento estão mesmo para Marc Marquez, na Ducati Lenovo Team e Maverick Viñales na Tech3 KTM.
A representar Portugal, Miguel Oliveira também entra neste grupo restrito, sendo que nesta temporada irá representar a Pramac Racing, em busca de resultados mais consistentes. O português é um piloto de enorme talento, contudo, tem sido “assombrado” pelo azar, onde teve algumas quedas e lesões importantes.
Novos talentos também se querem afirmar
Com apenas 20 anos e ao serviço da Red Bull KTM Factory Racing, Pedro Acosta é um dos talentos à procura de afirmação ao mais alto nível. O espanhol, após ter levantado os títulos de campeão no Moto3 e Moto 2, conseguiu cinco pódios na temporada de estreia, o que lhe deu um “contrato chorudo” na KTM para este ano.
Acosta venceu em 2024 o Moto2, mas no ano anterior o grande destaque foi para o nipónico Ai Ogura, que esta temporada terá o seu salto competitivo para o Moto GP após quatro anos no segundo escalão, chegando assim à Trackhouse Racing.
Fermin Aldeguer, mais um espanhol nesta modalidade, é o piloto mais jovem desta edição do Moto GP com apenas 20 anos e irá representar a equipa Gresini Racing. Ao contrário de outros dos seus compatriotas, Aldeguer ainda não tem qualquer título no seu palmarés, tendo ficado em quinto lugar na temporada passada no Moto2.
Miguel Oliveira procura estabilidade
Marcada por rasgos de brilhantismo, mas, sobretudo, por muita inconsistência naquilo que apresenta em cima de diferentes motas, Miguel Oliveira irá aqui representar a sua quinta equipa no circuito mundial.
O piloto português já conseguiu chegar ao lugar mais alto do pódio por quatro ocasiões, sempre em diferentes condições. Em 2020 venceu o GP da Estíria e o GP de Portugal, sendo que na temporada seguinte o mesmo aconteceria na Indonésia e Tailândia, ambos sobre chuva torrencial.
Apesar dos resultados medianos na RNF Aprilia/Trackhouse Racing, Oliveira garantiu um contrato para esta temporada na Prima Pramac Racing e voltará a pilotar motos Yamaha, procurando assim relançar a sua carreira.
Candidatos ao título nesta edição
O atual campeão em título Jorge Martin tem de ser sempre considerado um dos candidatos ao título, no entanto, é importante reforçar que o espanhol perdeu as primeiras provas desta edição devido a lesão, pontos esses que podem ser cruciais nas lutas decisivas.
Francesco Bagnaia, ao serviço da Ducati Team, será certamente um dos pilotos em evidência, numa das equipas com maior potencial para levantar o troféu, ou através do argentino, ou pela mão de Marc Márquez.
O também piloto da Ducati tem aqui uma luta curiosa, não só para tentar voltar aos títulos, mas também para bater o seu irmão, Alex Marquez. Alex, que representa a Gresini Racing, é um dos pilotos mais consistentes neste início da temporada e procura aqui ser o futuro piloto de sucesso para Espanha.
Indústria em crescimento “à boleia” da F1
Muitas vezes na “sombra” da Fórmula 1, o Moto GP tem sido impulsionado, curiosamente, por esse desporto motorizado, já que estamos perante os anos de maior prosperidade da F1 nas últimas décadas.
O Moto GP tem “aproveitado a boleia” para se tornar uma referência neste tipo de entretenimento, destacando-se claramente como a segunda competição mais apreciada pelos amantes dos desportos de motor. A sua presença nas redes sociais e apostas desportivas é também um fator a realçar, cativando cada vez mais público nesta era digital.
Estamos perante temporadas de afirmação por parte do Moto GP, sendo que quanto maior for a competitividade existente, certamente que maior progressão terão aos olhos dos internautas e apaixonados pelas motos.
FAQ – Perguntas Frequentes
Aqui poderá encontrar as perguntas mais frequentes sobre esta temática e as respostas que certamente o irão ajudar a compreender melhor o artigo que acabou de ler.
